Este é o PAC... PAC MAN
Nesta semana foi anunciado o PAC ( Programa de Aceleração de Crescimento), novo programa econômico do governo Lula para a economia nacional, visando, como o próprio nome indica, um maior crescimento da economia nos próximos anos. O PAC foi a principal pauta de todos os veículos de comunicação durante a semana. Jornalistas, economistas, políticos, sindicalistas, empresários, todos tiveram a oportunidade de tecer opiniões a respeito do programa. Não cabe a este blog ter a pretensão de efetuar uma análise profunda e fundamentada deste programa, por absoluta falta de competência para tanto, admitimos. Entretanto, por tratar-se de um blog de opinião ( e qual blog não é?), não podemos deixar de dar alguns pitacos. Podemos relacionar o PAC em três itens distintos, sejam eles:
1. A medida do PAC vem de encontro a mais um programa do governo petista anunciado com todo o aparato de pompa e marketing, vide Fome Zero, por exemplo. O Fome Zero, como é sabido por todos, foi um programa que fracassou integralmente como programa social. Criou-se um programa baseado tão somente na arrecadação de alimentos focado no apelo social do mesmo, deixando em segundo plano toda a sua operacionalidade para armazenar os alimentos, identificar os contemplados com o programa e a distribuição a estes.
2. O pífio crescimento econômico do Brasil nos últimos anos é motivo de preocupação tanto para o governo como para o empresariado. Em 2005 a economia brasileira cresceu 2,3%; percentual irrisório se comparado aos seus pares no BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China), denominação dada por analistas econômicos aos países emergentes da economia global. Só para efeito de comparação, a economia da Rússia cresceu 6,4% no mesmo período, a da Índia 8,5% e a China 9,5%. Como se vê, o Brasil não consegue crescer no período de maior pujança econômica mundial dos últimos trinta anos.
Por isso a necessidade de um crescimento econômico maior nos próximos anos. E como faz isso? Como soi acontecer em governos populistas ( não confundir com popular), o governo é o grande motor da economia. Num estilo nada original, Lula encarna uma espécie de JK e anuncia gastos maciços das estatais para sair da estagnação econômica. Como disse a Ministra da Casa Civil Dilma Roussef, o PAC é dinheiro público na veia. A velha fórmula de governos atuando diretamente na economia em detrenimento do empresariado não é nova, pelo contrário. Trata-se de uma prática comum e comprovadamente ineficaz, endividando o governo no futuro. Aliás, o dinheiro que será aplicado no PAC já estava previsto no orçamento, portanto, onde está a atuação do governo como facilitador, desconsiderando o marketing?
3. Por último, qualquer programa econômico que não esteja relacionado a um severo ajuste nas contas do governo, que necessariamente passaria por um profundo corte de gastos, está fadado ao fracasso. Um plano para ser possuidor de seriedade precisa ir mais fundo. Antes de mais nada, é ncessário desengavetar as reformas tributária, trabalhista e previdenciária. Sem estes pré-requisitos, nenhum programa, por melhor que seja, consegue decolar. Serve apenas para purpirina e marketing.