domingo, janeiro 28, 2007

PAC, Lula e JK. Vamos pagar mais esta conta?


Este é o PAC... PAC MAN
Nesta semana foi anunciado o PAC ( Programa de Aceleração de Crescimento), novo programa econômico do governo Lula para a economia nacional, visando, como o próprio nome indica, um maior crescimento da economia nos próximos anos. O PAC foi a principal pauta de todos os veículos de comunicação durante a semana. Jornalistas, economistas, políticos, sindicalistas, empresários, todos tiveram a oportunidade de tecer opiniões a respeito do programa. Não cabe a este blog ter a pretensão de efetuar uma análise profunda e fundamentada deste programa, por absoluta falta de competência para tanto, admitimos. Entretanto, por tratar-se de um blog de opinião ( e qual blog não é?), não podemos deixar de dar alguns pitacos. Podemos relacionar o PAC em três itens distintos, sejam eles:

1. A medida do PAC vem de encontro a mais um programa do governo petista anunciado com todo o aparato de pompa e marketing, vide Fome Zero, por exemplo. O Fome Zero, como é sabido por todos, foi um programa que fracassou integralmente como programa social. Criou-se um programa baseado tão somente na arrecadação de alimentos focado no apelo social do mesmo, deixando em segundo plano toda a sua operacionalidade para armazenar os alimentos, identificar os contemplados com o programa e a distribuição a estes.


2. O pífio crescimento econômico do Brasil nos últimos anos é motivo de preocupação tanto para o governo como para o empresariado. Em 2005 a economia brasileira cresceu 2,3%; percentual irrisório se comparado aos seus pares no BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China), denominação dada por analistas econômicos aos países emergentes da economia global. Só para efeito de comparação, a economia da Rússia cresceu 6,4% no mesmo período, a da Índia 8,5% e a China 9,5%. Como se vê, o Brasil não consegue crescer no período de maior pujança econômica mundial dos últimos trinta anos.
Por isso a necessidade de um crescimento econômico maior nos próximos anos. E como faz isso? Como soi acontecer em governos populistas ( não confundir com popular), o governo é o grande motor da economia. Num estilo nada original, Lula encarna uma espécie de JK e anuncia gastos maciços das estatais para sair da estagnação econômica. Como disse a Ministra da Casa Civil Dilma Roussef, o PAC é dinheiro público na veia. A velha fórmula de governos atuando diretamente na economia em detrenimento do empresariado não é nova, pelo contrário. Trata-se de uma prática comum e comprovadamente ineficaz, endividando o governo no futuro. Aliás, o dinheiro que será aplicado no PAC já estava previsto no orçamento, portanto, onde está a atuação do governo como facilitador, desconsiderando o marketing?


3. Por último, qualquer programa econômico que não esteja relacionado a um severo ajuste nas contas do governo, que necessariamente passaria por um profundo corte de gastos, está fadado ao fracasso. Um plano para ser possuidor de seriedade precisa ir mais fundo. Antes de mais nada, é ncessário desengavetar as reformas tributária, trabalhista e previdenciária. Sem estes pré-requisitos, nenhum programa, por melhor que seja, consegue decolar. Serve apenas para purpirina e marketing.

Manual do Perfeito Idiota Latino Americano


Patrícia é uma jovem estudante universitária da UFGRS. É altamente politizada e sensível às causas sociais. Participou de todas as edições do Fórum Social Mundial, onde inclusive pode atuar como tradutora em algumas ocasiões, como no caso daqueles canadenses que não achavam o local do seu fórum de discussão. Desapegada às coisas mundanas, fez questão de participar do acampamento da juventude, dormindo em barracas e tomando banhos públicos, num ato que ao seu entendimento, teve forte conotação libertária.

Militante desde a adolescência, iniciou sua luta no início do Ensino Médio ( antigo segundo grau), época em que estudou no Colégio Júlio de Castilhos, o famoso Julinho, reduto da política estudantil porto-alegrense, hoje controlado por movimentos de esquerda. Já foi filiada ao PT, depois dos escândalos do mensalão mudou-se para o PSTU. Fez campanha para o surgimento do P-SOL, partido que está até hoje, mas já está em movimento para a filiação do novo Partido Bolivariano criado este ano no Rio de Janeiro, após a visita de Hugo Chavez.

Esta nossa personagem será presença constante neste blog. Hoje sua participação encerra aqui, pois a mesma negou-se a dar entrevista para o que classificou como “ blog nojento, liberal e burguês, a serviço dos estadudinenses”. Não conseguimos entender bem o que ela quis dizer com isso, mas quando fomos questioná-la a mesma já havia tomado um táxi para a sua casa no conhecido bairro “proletário” do Moinhos de Vento, onde mora com os pais, um cachorro, um gato e cinco peixes, ele empresário, ela juíza, ela estudante revolucionária bolivariana. No outro dia recebemos uma ligação da mesma prontificando-se a dar uma entrevista, desde que não fosse editada. A entrevista ficou marcada para Sexta-Feira, local a combinar, mas terá de ser depois da aula de Ioga e antes da balada, porque afinal, ninguém é de ferro.

Rápidas Lulistas


Lula, quem te viu e quem te vê I

Quem lembra o candidato-presidente Lula nos debates presidenciais, quando “acusava” Geraldo Alckmin de privatista e alertava para o “perigo” do PSDB na presidência em retornar o programa de privatização?

Pois bem, este mesmo que acusava Alckimin de privatista anuncia um programa econômico em que estatais injetarão dinheiro na economia. E qual a origem destes recursos? Da emissão e venda de ações das mesmas estatais que o mesmo jurava que não ia vender? Quem te viu e quem te vê...

Questionada sobre situação, Patrícia alegou que Lula não mais representa os reais interesses do povo proletário.



Lula, quem te viu e quem te vê II

Em 2003 o então presidente em início de mandato Lula foi recebido nos braços dos participantes do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, onde fez um inflamado discurso contra as desigualdades sociais e contra os países do primeiro mundo.

Já em 2005 o mesmo presidente, mas no meio de seu mandato e no início de alguns escândalos do seu governo foi vaiado no ginásio Gigantinho pela mesma platéia que o aplaudiu em 2003. O público já escolhera seu novo-líder: Hugo Chavez.

Agora em 2007 , o presidente reeleito Lula discursa no Fórum Econômico de Davos e ignora o Fórum Social Mundial, este ano realizado no Quênia e com o prestígio em baixa.


Vamos de Mano Brown; “ Nada como um dia, após o outro dia...”

O Metrô, a cratera e a cara de pau


Vocês sabem aquele buracão que abriu em uma avenida em São Paulo? Esse mesmo, que virou o maior zona de conflito político naquele Estado. O PT já anunciou que pretende instalar uma CPI para apurar se houve ou não negligência na execução dos serviços ( negligência houve, mas de quem? A saber ). O PSDB já está movendo-se para tentar barrar a CPI. Nesse meio tempo, o governador de São Paulo já anunciou que vai indenizar às famílias das vítimas e vai reter este valor do pagamento das empreiteiras. Inclusive já foi firmado acordo com uma família. No meio desta muvuca toda, algum gênio marqueteiro achou que seria uma grande idéia mandar distribuir a bebida Red Bull para os bombeiros enquanto os mesmos tiravam alguns corpos soterrados. Melhor analogia, impossível.

Saia Justa


Esta aconteceu num famoso programa de auditório no Sábado. Não que eu perca tempo com estas coisas, mas o destino quis que eu presenciasse a cena que descrevo abaixo:

Apresentador: E esta tatuagem, é o nome de quem?

Dançarina: Da minha filha

Apresentador: Qual o nome que está escrito aqui? ( olhando a tatuagem)

Dançarina: Dyjulyah ( Júlia, para quem escreve português)
( Silêncio)

Apresentador: Ah... E esse nome logo abaixo?

Dançarina: Fulano de tal. ( Acho que era Rui, não tenho certeza)

Apresentador: Legal, tatuou o nome da família. Este é o nome da pai da Julia né?

Dançarina: Não... ( Risinhos )
Apresentador : Abaixa a cabeça
(Silêncio)

Quem mandou mexer onde não deve. hehehehe

Indicamos - Revista Piauí



Comento com certo atraso ( sempre), o lançamento de uma nova publicação no mercado. Trata-se da revista Piauí, interessante projeto do cineasta João Moreira Sales. Adianto: trata-se de uma revista para quem realmente gosta de ler! O próprio formato da revista, "New York Review of Books", é um formato maior do que as revistas usuais, que permite um melhor acomodamento de textos longos e bem elaborados. As figuras nas matérias são escassas, com exceção das sessões onde a imagem é o centro da discussão, como por exemplo a coleção de livros com títulos bizarros.

A revista, que tem o nome do estado do Piauí mas é feita no Rio de Janeiro, é escrita de forma simples e despretensiosa, mas sem que estes adjetivos subtraiam a qualidade dos escritos. Qualquer tema pode ser objeto de uma matéria. A rotina de uma atriz profissional ( mas não famosa), acompanhado durante uma semana pode ser lido prazerosamente quanto uma reportagem sobre uma luta de vale tudo de GLS. Ficção e Literatura juntos. O importante mesmo são as histórias serem bem escritas. E elas são, podem acreditar. Ai está o prazer da revista.

Piauí rejeita o rótulo de revista de opinião, reforçando esta imagem por ser uma revista sem colunistas. O projeto gráfico junto dos textos é artisticamente bem elaborado. Apenas faço uma ressalva para a qualidade das páginas, no meu juízo de qualidade inferior.

Mas se você, assim como eu, é um garimpador de revistas, Piauí é uma boa opção de leitura. Ao menos, a edição que caiu em minhas mãos, de número 4.

Como é aquele slogan? Experimenta... Experimenta...

Frases














"O que eu espero senhores, é que depois de um razoável período de discussão, todo mundo concorde comigo. "

Winston Churchill



"O que é ser de direita? É você não esperar que o Estado venha solucionar a sua vida. É tomar sus decisões pessoais e arcar com a responsabilidade por elas. Muitas pessoas são assim e não se dão conta de que têm um atitude de direita. Isso por conta de uma imprecisão histórica. O que se chama de direita no Brasil foram forças retrógradas, coronelistas. Não é a isso que me refiro. É uma direita que existe nas democracias modernas, que dá mais força ao mercado, à competição a às liberdades individuais".


Patrícia Andrade - Diretora do Instituto Millenium - Revista Veja



"Sempre que alguém fala em “democracia participativa”, convém deitar a mesa ao chão e colocá-la contra a porta, antes que a arrombem".

Reinaldo Azevedo - Articulista político


"Apesar de termos 1,5 milhão de formados em administração pública e privada, nosso governo continua a ser gerido por gente sem a devida formação profissional em administração, no exercício ilegal da profissão de administrador público."

Stephen Kanitz - Administrador - Revista Veja