quarta-feira, março 21, 2007

Notícias do Estado


Yeda finalmente está conseguindo imprimir seu estilo de governo e começa a mostrar uma nova face. Em parceria com o empresário Jorge Gerdau Johannpeter assinou um termo de cooperação técnica visando melhorar a qualidade da gestão pública, isso tudo relacionado ao PGPQ ( Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade). E o melhor, sem custo algum para os cofres públicos.




Falando em custos, o governo Yeda está com uma verdadeira obseção em achar e cortar custos da máquina pública. Corte de custos é sempre um termo mal visto. Um remédio amargo, porém necessário. O corte de funções gratificadas e cargos de confiança são um bom exemplo disto.



Infelizente, estas medidas não são suficientes para aliviar o caixa do estado. A governadora já delcarou que os salários com vencimentos acima de R$ 2.400,00 serão pagos com atraso. Verdade seja dita, todos os candidatos a governador já sabiam disto antecipadamente, mas nenhum teve a coragem de expor isso à população, principalmente em época eleitoral. E o PT aproveita disso para criticar a governadora. Faz parte do jogo político.



Incoerências


Agora vejam como o mundo dá voltas. Os americanos, grandes defensores da livre iniciativa e do liberalismo não se furtam de impor barreiras aos produtos brasileiros mais competitivos em seu país, com altas taxas de importação ( vide laranja, aço, etc).


A culpa é do Bush! Eu sabia! Vamos protestar, diriam vocês. Não é bem assim que as coisas funcionam, entretanto. Como bem explicou o texano ao mal-informado Lula, estas mudanças não dependem do executivo e sm do legislativo americano, hoje dominado por democratas, aqueles mesmos que lutam em prol da ecologia, das causas sociais, mas que não abrem mão de um protecionismo das empresas locais. E um país sério, onde as instituições funcionam, decisões desta importância necessariamente passam pelo legislativo. Nada de governar através de medidas-provisória.



Vai daí ao Lula tentar achar o "ponto g" nas negociações entre os países.

Idiotas de Plantão


Este povo brasileiro sabe mesmo como fazer um protesto!!!
Nada é mais aborrecido do que ter que tratar com pessoas cuja ideologia obstrui toda e qualquer tentativa de comunicação. A ideologia esquerdista comunista consegue produzir em escala mentes obturadas e idiotizadas. É preciso recorrer à história, passando pela colonização brasileira até os dias atuais para tentar compreender a obstinação da população brasileira em encenar o papel de explorado. Na recente passagem do presidente norte-americano George W Bush pelo Brasil foi possível constatar até onde a cretinice pode chegar. Bandeiras americanas foram queimadas, além da falta de originalidade, parecemos ter esquecido do quanto ofende desrespeitar um símbolo nacional, vide o caso do apresentador que urinou na bandeira brasileira nos Estados Unidos.



Não faltaram protestos, todos mui indignados com o americano, o qual era culpado de todos os males que assolavam a humanidade. Há desemprego, a culpa é do Bush. Violência? Culpa dele. Faltam educação e saúde? Culpa desses americanos exploradores. Seu joanete está doendo hoje? Só pode ser culpa do Bush. Creiam-me, já tive uma aula na faculdade em que o professor fazia ligação entre a falta de respeito às regras e a invasão americana no Iraque. E assim passamos nós deitados em berço explêndido à espera de algum culpado por nossas mazelas. Nada mais cômodo.



O engraçado é que não ouvimos um pio quando o ditador da Venezuela Hugo Chavez passou por estas paragens. Questão de gosto.


Tirando estas bobagens de sempre, o que motiva a visista do presidente americano podem ser descritos em dois ítens:



1. Marcar presença na região e fazer o contraponto a Hugo Chavez, de grande influência sobre o bloco latino. Sua ascenção é motivo de preocupação na casa branca. Pior para Lula que achou que seria o grande líder latino americano.



2. Avançar nas negociações envolvendo o etanol. A idéia é formar uma cadeia de produção que garanta o fornecimento estável do álcool. Atualmente, Brasil e Estados Unidos, juntos, são responspáveis por 70% da produção e do consumo mundiais do etanos, mas, para garantir a ampliação da produção, os dois países devem fechar parcerias, com participação da iniciativa privada, para instalar usinas de etanol em países da América Central.



Alías, é sempre interessante lembrar que o financiador do populismo chavista na Venezuela é o petróleo. E o maior cliente dos venezuelanos são os americanos. Agora analisem esta situação: seu maior inimigo também é seu maior cliente e por consequência seu maior financiador. Quen não gostaria de ter um inimigo assim?





Perdemos mais uma


O Rio Grande do Sul acaba de perder uma de suas principais companhias. O Grupo Ipiranga foi vendido neste final de semana por U$ 4 bilhões a um consórcio formado pela Petrobrás, Ultra e Brasken. Segundo analistas de mercado, o valor da transação demonstra o quanto foi bem avaliado o grupo Ipiranga, apesar dos problemas que envolviam sucessão e a governança do grupo.


A notícia da venda oficial foi anunciada somente na manhã de Segunda Feira, acarretando um aumento imediato de 30% nas ações do grupo. "Coincidentemente" os papéis da Ipiranga, que tem baixa liquidez na bolsa, tiveram um volume de negociações surpreendentemente alto na Sexta Feira anterior ao anúncio. Cabe agora à Bovespa e ao CVM investigar os possíveis beneficiados com as informações privilegiadas, caracterizando operações chamadas de "insider trading", operações estas consideradas ilegais no Brasil e no exterior. Nos Estados Unidos, tal procedimento é punido com prisão, vide os casos de Martha Stewart, famosa apresentadora de televisão que acabou presa justamente por efetuar este procedimento. A CVM já puniu recentemente dois casos semelhantes quando da tentativa de compra da Perdigão por parte da Sadia.


A operação ainda será discutida no CADE, pois a Petrobrás saltará de 33% para 38% na participação do mercado de venda de combustíveis.


Como gaúcho sinto-me entristecido por esta perda, principalmente naquela parte que vai para a Petrobrás, porque, mesmos sendo empresa mista, a Petrobrás ainda é, infelizmente, de controle estatal. Sinto calafrios só de pensar no que o grupo estaria disposto a fazer para ter o monopólio do setor, das refinarias aos postos de combustíveis. Assim é que a livre concorrência vai pro saco. E o Rio Grande do Sul também...