quarta-feira, julho 26, 2006

COMUNISTAS: GO HOME!




“Ouvi dizer que na América do Sul ainda existem comunistas. O que eu acho um charme! Como se nada tivesse acontecido!” Doris Lessing, escritora, 82 anos, no livro “The Sweetest Dream”, sobre o sonho de sua geração com a utopia socialista.


Diferente da admiração da escritora, sinto arrepios na espinha cada vez que vejo na mídia os pseudo-revolucionários comunistas com suas maledicências sobre a economia global, os males do imperialismo ocidental, a influência nefasta da cultura estrangeira sobre a brasileira, entre outras tantas bobagens que este pessoal não se cansa de proferir, sempre com ares de uma suposta superioridade intelectual e moral aos demais mortais. Apesar disto, jamais havia dado grande importância ao pensamento político destes ditos "comunistas", pois via este movimento em franca decadência, principalmente pela falência de suas idéias políticas, o que implicaria na dificuldade de renovação do partido. Ledo engano. Principalmente entre os jovens, que se veêm atraídos pela propaganda fácil e manipuladora, é cada vez mais comum deparar-se com uma camiseta com a foice e o martelo num adolescente classe média na Redenção, ou com uma estampa do Che Guevara num mauricinho na Padre Chagas. Afinal, de onde vem estes fascínio? Como, em pleno ano de 2006, há quase 17 anos da queda do Muro de Berlim e o consequente colapso do regime soviético anos depois, a foice e o martelo ainda sejam objetos de admiração, tornando-se até mesmo um acessório fashion?

Não tenho a pretensão de oferecer respostas definitivas a estas questões. Faço apenas a crítica, levanto a preocupação e proponho o debate. Mas é inevitável salientar que a propaganda comunista consegue acertar o tom exato para as mentes mais jovens. Afinal, como transmitir ao jovem a necessidade de equilíbrio fiscal do Estado, comércio de livre mercadorias e serviços, privatização estatal, geração de empregos através de acordos com a iniciativa privada, incentivos fiscais à grandes empresas, nacionais e multinacionais, se de outro lado, temos o discurso fácil, demostrando revolta, indignação, sem a menor preocupação com a realidade, de ser factível, sendo muito mais fácil ( cômodo?) ser "contra tudo isso que está ai". Os slogans saem fácil: "Fora Bush";"Abaixo o Imperialismo Americano", "Fora FMI", "Não à ALCA". "Queremos mais investimentos em saúde, educação de primeira linha, combate à miséria, diminuição das desigualdades sociais", reclamam. Bom, e quem não quer? Quaquer partido ou proposta política tem a obrigação de ter estes temas como prioridade na sua plataforma , o que pode variar são as formas encontradas de cada um para realizar este consenso. Assumir estas reinvindicações como discurso político é clamar por um vazio de idéias. Muito mais fácil é instituir inimigos declarados da pátria ou párias desumanos que impedem o desenvolvimento da nação. Muitos pensam ser esta uma batalha entre o "Bem" e o "Mal". Esta falsa revolta, esta farsa grotesca travestida de revolução cai como uma luva na mente do jovem, que passa por uma fase de conflito interior, e assume o discurso da revolta como lema ético e moral.

Acontece que até a irresponsabilidade tem limites. Os neo-comunistas hoje estão juntamente com o PT no poder na nação. E é no mínimo risível ver nossos comunistas de hoje defendendo o governo Lula, que paga juros astronômicos aos banqueiros e tem na sua base aliada, socialistas notórios como José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Roberto Jefferson, Pedro Henry e tantos outros. Agora, vamos dar uma analisada em alguns "comunistas" que estão em voga no cenário político.

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