quarta-feira, julho 26, 2006

E ai Beleza?


Vamos agora à esfera regional. Manuela Dávila, vereadora de Porto Alegre a atualmente candidata a Deputada Federal pelo PC do B, é uma típica militante comunista. Ex dirigente regional da UNE - aquela agremiação que se diz representante dos estudantes, mas que na verdade não passa de um pelego do PT - teve uma votação surpreendente nas eleições em Porto Alegre, sendo uma das vereadoras mais votadas. De posse do mandato, a moçoila trouxe para a camara municipal toda a sua verborragia demagógica. Dei uma olhada em seu site, o ai beleza, seu famoso bordão de campanha. Há um vasto material de divulgação da UNE, do movimento hip-hop, atividades culturais. mas a principal atividade de Manuela parece ser o "debate" político em escolas da capital. Sabiamente, Manuela vai direto na fonte do seu eleitorado e faz sua propaganda comunista entre os jovens. Nada de errado nisso, a falta de debate político parece-me ser uma das causas de nosso atraso cultural e politico. Mas não podemos megar que esta atitude lhe ajuda a aumentar sua base de eleitores, e num ano em que seu partido tem grandes chances de enfrentar a cláusula de barreira, o encontro com esses alunos/eleitores´pode ser bastante proveitoso.

Em seu primeiro grande projeto de lei, Manuela coonseguiu aprovar ( com a ajuda de outros vereadores, diga-se a verdade), a lei que determina que qualquer estabelecimento cultural cobre apenas meia-entrada dos estudantes. Manuela aprendeu direitinho a arte de fazer política demagógica. Nos dias de votação na Câmara, mobilizou toda a UNE para pressionar os vereadores a aprovarem o projeto. " Sou estudante, cara pintada, eu vim aqui para cobrar a meia entrada" bradavam os revolucionários da UNE. E a camara de Porto Alegre, com MEDO de parecer reacionária, contra a juventude, sei lá, aprovou o projeto. Bem, só esqueceram de perguntar aos proprietários de casas noturnas, teatros, cinemas, espetáculos, aqueles que investiam seu dinheiro e pagavam impostos à cidade se eles concordavam com tudo aquilo. Duvido que tenham sido sequer consultados. Mas a UNE estava lá fazendo o lobby com seus asseclas.

Tivessem apenas um pouco de bom senso e veriam que em qualquer empresa, todo custo de produção ou serviço prestado é incluído do preço deste mesmo produto ou serviço. Se estes estabelecimentos forem obrigados a dar meia entrada aos estudantes, alguém terá que pagar o prejuízo dos outros 50% do ingresso. E quem pagaria? Os demais que não fossem estudantes, é lógico. Não existe mágica. Portanto, esta lei só irá encarecer o preço da cultura na capital. Mas ter uma opinião destas equivale a ser visto como um matador de criancinhas, enquanto os vereadores que fizeram estes projetos colhem os louros pela sua sensibilidade para com os estudantes. Nada mais fácil do que fazer caridade com o chapéu alheio.

Apenas um detalhe. Para garantir a meia-entrada, os estudantes devem de alguma forma comprovar que são realmente estudantes. E como o fariam? Simples, com a apresentação da carteira nacional do estudante, confeccionada pela...UNE. Gol! Agora perguntem se houve algum projeto para a UNE confeccionar as carteiras gratuitamente? Certamente que não. Mas e ai, beleza?

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