quarta-feira, outubro 25, 2006

Xenofobia eleitoral de um partido desesperado


Causou espanto e até indignação entre transeuntes uma manifestação promovida por alguns militantes petistas na esquina democrática em Porto Alegre, ontem á noite, por volta das 19:45. O acontecimento me foi relatado por uma leitora deste blog ( um dos seis leitores, hehehe), que acompanhou estupefata as palavras de ordem do grupo, todos identificados com bandeiras e adesivos do Patido dos Trabalhadores e da candidatura de Olivio Dutra. Bradavam os mesmos palavras de motivação para seus militantes nesta reta final de campanha, salientando a importância de conquistar votos para o candidato petista. Até aqui não havia qualquer procedimento anormal, visto que esta prática é comum a qualquer partido. O que difere o PT dos demais e esta situação contribuiu para comprovar esta afirmação é a total falta de discernimento, bom senso, ética e moral do partido quando se trata de justificar suas ações. Tudo isto fica em segundo plano se as intenções do partido se sobrepõem a qualquer instuição legal que interfira nas vontades do mesmo. Inflado pelos manifestantes, o orador não se furtou em pedir aos militantes que conseguissem o maior número de votos para o candidato Olivio, viesse de onde fossem os votos. Por isso, a necessidade imperiosa de efetuar bandeiraço e e corpo a corpo nos becos, vielas, nas bocas de fumo, em frete ao presídio central, pedir votos aos traficantes, viciados, bandidos, que na visão maquiavélica do indivíduo não passavam de pobres excluídos sociais. Não bastasse isso ele ainda instigava a população contra a candidata Yeda, que por ser paulista, jamais poderia ser eleita governadora num estado "tradicionalista" como o Rio Grande do Sul.

O desespero do PT, que sabe que é muito difícl reverter a vantagem tucana em menos de uma semana, eleva à décima potência as práticas terroristas e suas críticas contra seus adversários. Chegam ao ponto de serem intrasigentes contra a candidata Yeda, como se ela fosse culpada por ter nascido em São Paulo. A xenofobia contra Yeda não é problema para os petistas, mas sentiram-se todos bastante ofendidos com os adesivos de 4 dedos com uma lista de proibido. Com a diferença de que através de pressão na mídia conseguiram que o TSE proibisse os adesivos. Que pessoal sem senso de humor. Mas as agressões contra Yeda continuam impunes. Verdade seja dita, nenhum partido tem a capacidade de ser oposição e de vestir a carapuça do coitadismo como o Pt, eles são imbatíveis neste quesito.

E vale tudo, até pedir apoio de traficantes. O PT mostra que tem lado e convoca sua base para ir à ruas. Muito instrutivo. Nenhum partido se associa com tamanha desfaçatez com a miséria. Não para combate-la, mas para interagir em seu meio. E é nesse meio que o PT se perpetua, como uma sanguessuga ( ops!) da mente dos mais humildes. Em sua visão política maniqueísta, o partido está do lado do bem, e os outros, obviamente, são o mal encarnado, e por isso não devem-se de furtar-se de qualquer ação para combater o inimigo, pois, logicamente, estão agindo em defesa do povo, e qualquer ato que cometam, por mais errado que seja ( dossiês? mensalão?), são justificados por sua "luta a favor do povo". Por isso que o PT jamais acabará com a miséria, com os favelados, com os humildes. Poderá lhe prestar alguma assistência, visando sempre algum retorno, mantendo sua base eleitoral, mas jamais usará de ações efetivas para combate-la. Encerro com um chavão:

O PT não combate a miséria, socializa a pobreza.

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