domingo, dezembro 17, 2006

Pinochet e Friedman - Favor não misturar



Pinochet e Milton Friedman. Esta mistura não tem como dar certo. A morte destas duas personalidades históricas fez com que algumas pessoas ligadas à esquerda ligassem os dois nomes. Vamos com calma. Não se misturam água e óleo. Pinochet foi um ditador assassino. Seu regime matou em torno de 3000 chilenos. Não gosto e não creio ditaduras. Sou pois, um democrata. Não preciso e não sou como certos esquerdistas que procuram encontrar subterfúgios para defender a ditadura de Fidel Castro. O que o Chile representa hoje em termos de economia e liberdade seria plenamente alcançável sem Pinochet.

Se há uma pessoa que mereça este mérito, esta pessoa seria Milton Friedman, um dos maiores e mais influentes, se não o maior, pensador econômico contemporâneo. Suas idéias serviram de base para as reformas de Margaret Thatcher, que por sua vez utilizou o Chile como uma espécie de laboratório. Milton Friedman com suas idéias liberais, defensor da iniciativa privada, onde condenou governos deficitários ao afirmar que ninguém gasta o dinheiro de outra pessoa como gasta o seu, contribuiu de forma marcante e decisiva para solidificar as bases do Liberalismo Econômico. Tornou conhecido também a Escola de Chicago, desiginação para os economistas desta universidade e que foram influenciados por suas ideais.

Para o Brasil, ainda nos falta muito para compreendermos a importância que Milton Friedman teve como pensador econômico, político e social. Mas não nos confundam, ou pelo menos não confundam este blog. Estamos mais para Milton Friedman do que para Pinochet. Parafraseando Reinaldo Azevedo, podemos viver sem um ditador para chamar de nosso. E a esquerda, pode?

Nenhum comentário: