segunda-feira, outubro 30, 2006

Yeda Governadora. Hora do PSDB solidificar-se no Estado


Yeda Crusius a partir de 1 de janeiro de 2007 passa a ser a primeira governadora do Estado do Rio Grande do Sul. E não foi fácil, a diferença entre Yeda e Olivio vinha caindo assustadoramente nas últimas semanas. A diferença, que no início do segundo turno era de 30 pontos percentuais, ficou apenas em 8 pontos na apuração.

Estes dados mostram que o PT continua vivo e forte no Estado. O segundo turno finalmente conseguiu mobilizar novamente a militância petista, que desapreceu no primeiro turno. Eles voltaram, e estão cada vez mais raivosos, utópicos e mentirosos. Basta olhar o nível da campanha de Olívio no segundo turno. Não espero que os candidatos sejam propositivos e a campanha seja mera divulgação de propostas, isso não existe. Disputa eleitoral também é o embate entre filosofias políticas antagônicas, e a melhor expressão disto foram os debates entre os vices Jussara Cony e Paulo Feijó. Mas a campanha de Olivio pegou pesado. Tão logo foram apuradas as urnas no primeiro turno e o PT reinicou sua campanha, espalhando calúnias sobre a candidata Yeda. Primeiro, foram as acusações levianas de que Yeda pretendia privatizar o Banrisul, escondendo covardemente da população a lei que impede este ato unilateral por parte do executivo. Depois vieram com as acusações de que Yeda era paulista, como se o fato de ser paulista fosse algum desagravo à moralidade gaúcha. E as respostas do PSDB não foram suficientes, o partido não tem a articulação política do PT aqui no Estado. Se não é verdade, onde estavam os militantes tucanos na feira do livro, na véspera da eleição. Ou mesmo na esquina democrática? Já os militantes petistas infestavam aos montes as ruas com suas legiões de seguidores da moral paulobetiana, e cultuavam o enfiarus a manus nas merdests, o novo dogma petista.

Apesar disso, a insatisfação dos eleitores gaúchos com o último governo da frente popular no Estado, principalmente no interior, levaram a candidata tucana ao Piratini, que aliás que não será a morada da governadora, conforme anunciou. Yeda agora iniciará a transição com o governador Rigotto, que deve ser tranquila e transparente, até pelo carácter de Rigotto.

Agora também vem a parte maquiavélica da coisa, a divisão dos cargos, das secretarias no Estado. A formação original, PSDB, PFL e PPS, foi reforçada com outra dezena de partidos. Mas vale lembrar que o PMDB opoiou oficialmente a candidatura de Yeda, mas não o fez com muito entusiasmo. Hermes Zanetti mostrou o quanto estava afinado com o partido ao apoiar Olivo Dutra. O que o PMDB teme é que o governo de Yeda fortaleça o PSDB gaúcho, que comparado a outros Estados, não possui a mesma força. O PMDB teme agora que a polarização PT x PMDB no Estado fique enfraquecida, pois o PSDB tem as condições de assumir este posto. Vale lembrar ainda que Germano Rigotto permaneceu neutro na disputa, o que é simplemente lamentável esta postura escolhida pelo governador. O PMDB de forma geral foi bastante tímido em seu apoio a Yeda Crusius, diferentemente do PTB, que realmente engajou-se na disputa com sua militância. Pouco votos migraram de Rigotto para Yeda no segundo turno, exceto aqueles qeu haviam migrado naturalmente no primeiro.

Desafios não faltarão para Yeda, o Estado tem sérios problemas orçamentários, problemas para honrar suas dívidas, na agricultura e no setor coureiro-calçadista. Além de promover o desenvolvimento econômico do Estado e sua atratividade para investimentos. E terá que negociar com a União a dívida do Estado. Por isso desejo aqui que Yeda consiga fazer o governo que este blog vem esperando, colocando o Rio grande do SUl novamente no topo do desenvolvimento econômico, em educação, ìndices de Desenvolvimento Humano, tornando o Estado própero para todos como almejamos.

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