sábado, novembro 18, 2006

Manuela na Playboy! E na Victória's Secret também!



Manuela Dávila está na Playboy deste último mês. Respondendo a 20 perguntas em um sessão da revista ( para desagrado de alguns). Bobagem pura. Leiam e confirmem, não há absolutamente nada de relevante na entrevista. Manuela tem mais atenção do que conteúdo, continua proferindo seu discurso fácil e manipulador. Quer dizer que não existe nenhuma experiência comunista no mundo para servir de parâmetro? E Cuba é o que? E a China? E o Camboja? Pra criticar o liberalismo não faltam exemplos, inclusive, acreditem, citam o Brasil como Liberal. Essa gente é engraçada mesmo. Essa raça, como diria Borhausen, é de uma esperteza ímpar. Esta é a ( nossa ) deputada que o povo gaúcho elegeu, uma comunista consumidora dos cremes Victória Secret. É o comunismo a favor do capitalismo mundial. Lógicamente que estes fatos são incoerentes entre si, quando você toma partido de determinada ideologia, você tem que abrir mão de alguma coisa. Eu, por exemplo, como defensor do estado mínimo estaria sendo incoerente see me dedicasse para entrar no serviço público. Portanto, uma deputada que estampa a foice e o martelo é extremamente incoerente em consumir produtos de uma multinacional, relacionados à beleza e bem estar. Porque não dá para ser crítico e beneficiário de algo ao mesmo tempo e Manuela tem que entender isso. E entender também que as cobranças serão cada vez maiores, não porque ela é uma defensora dos orpimidos que travará uma luta contra a mídia burguesa, mas porque foi a deputada federal mais votada de um importante estado da federação, e está na hora de conhecermos sua plataforma e principalmente cobrarmos eficiência em seu mandato.

Em uma propaganda na tv, creio que da Embratel, uma moça nos apresenta a alguns pontos turísticos em Paris. Achei interessantíssimo a temática de um bar, se não me engano chamava-se Tootsie. O cardápio do bar funciona como uma espécie de bolsa de valores. Todas as bebidas tem seu valor modificado de acordo com a sua demanda naquela noite. Se uma bebida está sendo consumida em grandes quantidades, seu preço aumenta, se for o contrário o preço dimunui para estimular o consumo desta bebida. Somente uma forma descontraída e inteligente de lidar com um público extremamente exigente.

Agora, imaginem este mesmo bar no Brasil. Não tardaria em aparecer um projeto que, na justificativa de defender o direito do povo, do consumidor, criaria uma lei ridícula a autoritária, que proibiria o bar de promover esta dança de preços. Tudo isso, claro, visando defender o consumidor, o estudante. E não faltariam pessoas para aplaudi-la. Aqui Manuela já criou a meia-entrada, com a ajuda de outros vereadores, é verdade. Mas somente Manuela usou esta lei como plataforma de campanha, e é uma lei nociva á liberdade de empreendorismo, que tanta falta faz ao nosso país.

Será que as mais de 270.000 pessoas que votaram em Manuela fizeram-se esta pergunta? Creio que não.

E desculpem minha fixação por Manuela, mas cada um escolhe seu adversário de acordo com o seu tamanho. E o tamanho deste blog é suficinete para Manuela, não a Playboy.

Segue link para ler entrevista


http://playboy.abril.com.br/revista/edicoes/377/aberto/20perguntas/conteudo_186224.shtml

Liberdade de Expressão. Qual o limite?


Este que vos escreve participou algumas semanas atrás da sessão de autógrafos do livro Vanguarda do Atraso, esclarecedor livro do competente jornalista Diego Casagrande. Estão reunidas no livro diversas entrevistas com jornalistas, profissionais de opinião, radilaistas e outros que ousaram divergir do senso comum predominante na época do desastroso governo Olívio Dutra no estado. É um livro bastante esclarecedor, na medida em que joga luz em fatos que antes só eram conhecidos por profissionais do meio jornalístico. A censura que o governo Olívio submeteu estes profissionais que tinham opiniões divergentes foi algo de extremo autoritarismo, chegando até mesmo a ser perverso, lembrando bem o Stalinismo na época da antiga União Soviética. Profissionais eram humilhados, sofriam processos, chegando inclusive a integrar uma lista negra na Comunicação Social do Estado, que negava-se a enviar a estes profissionais o release com as notícias do governo. As pressões eram exercidas também diretamente sobre a diretoria dos veículos de informação que publicavam opiniões divergentes do governo, com a clara sugestão de suspensão das verbas publicitárias para estes veículos se os mesmos mantivessem sua linha editorial, ou mantivessem determinado jornalista sem qualquer censura. Este era o "governo democrático e popular" conforme anunciava a saudação telefônica do Plácio Piratini na época. Vale a leitura para relembrarmos fatos lamentáveis daquele governo, como a conivência com a destruição do relógio comemorativo aos 500 anos do descobrimento da Rede Globo, a tentativa por alguns membros do partido em invadir o jornal Zero Hora e a expulsão da Ford do Estado, fato este que até hoje repercute negativamente na economia gaúcha. Leiam a entrevista com Gilberto Simões Pires que exemplifica bem esta situação. Recomendo.



Ainda sobre Liberdade de Expressão

As últimas semanas foram bastante movimentadas em relação a este delicado tema. Até onde vai a liberdade de expressão de cada um? Qual o limite entre a opinião do crítico e a ofensa? Como não sou profissonal da área de comunicação, não tenho interesse em debater estes pormenores profundamente.

Quem andou levando a pior foi Emir Sader, conhecido professor da USP e UFRJ, que escreveu uma crítica contra o senador Jorge Borhausen. Para resumir a história, Borhausen afirmou em um entrevista que gostaria de se ver livre desta raça ( referindo-se a petistas). Neste caso, o conceito de raça é plenamente aplicável para designar os militantes do partido dos Trabalhadores. Está no dicionário. O texto era desprovido de preconceito racial, como ele fez entender em sua resposta ao senador. O fato é que Emir Sader passou da conta, além da sua interpretação pessoal das palavras de Borhausen, o mesmo não furtou-se de desqualificar o senador com palavras depreciativas como "racista, assassino, uma das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira, facista, dono de uma mente suja, explorador, repulsivo, pessoa abjeta", entre outras meiguices. O resultado disso foi um condenação dura ao professor Uspiano, que teve prisão decretada, além de perder seus cargos de professor nas instituições em que trabalhava. Falo em condenação dura porque acredito na liberdade de expressão, não fosse por isso não escreveria em um blog. Sempre torci o nariz quando ouvia a frase "interpelação judicial". Logicamente que reconheço o direito de uma pessoa em recorrer á justiça quando sentir-se injustiçada, caluniada ou injuriada. Mas o que ocorre hoje são enxurradas de processo - na maioria imbecis - de calúnia e difamação. Penso que a sentença foi dura com Emir Sader, mesmo reconhecendo a legitimidade de Borhausen em recorrer á justiça neste caso. A perda do emprego de uma figura menor na crítica política brasileira, que é o status de Emir Sader, só colabora para atos como o patético abaixo assinado a favor da liberdade de expressão, que condena a decisão da justiça, assinado inclusive por alguns "intelectuais" brasileiros, como Chico Buarque ( sempre ele). Eu até toparia em assinar o manifesto. Não que minha assinatura tivesse algum valor, não é isso. Eu e todos aqueles que tivessem assinado este abaixo assinado assinaríamos outro, reclamando da falta da liberdade de expressão em Cuba, que inclusive é crime punido com cadeia, e, em muitos casos, pena de morte. Porque a regra tem que valer pra todos, não é mesmo?

Emir Sader também está envolvido em outros processos. No site do colunista Reinaldo Azevedo há a informação de uma licitação fraudulenta com dinheiro público para a produção de um livro que era coodernado por César Benjamin ( vice na chapa de Heloisa Helena neste ano), que solicitou afastamento dos trabalhos por pressões sofridas diretamente por Emir Sader. E não é calúnia, não. Cesar benjamin tem todas as informações documentadas enviadas por e-mail para Emir Sader em sua caixa eletrônica. Só para se ter uma idéia do tipo de pessoal que estamos falando.


Há também outra sumidade intelectual em voltas com procesos nesta natureza. Mino Carta recentemente ganhou um processo contra Diogo Mainardi, mas tanto neste quanto no caso anterior, cabem recursos. Para demonstrar um pouco do carácter de Mino Carta, o mesmo faz referências nada sutiz ao fato do filho mais velho de Diogo Mainardi ter paralisia cerebral. E publicou em seu blog os comentários dos seus leitores a respeito deste assunto, comentários estes com o nível que compete aqueles que se prestam a ler Mino Carta.

No dia em que este blog sofrer algum processo desta natureza será o seu ápice, pois estarão conferindo importãncia que este blog definitivamente não tem. Quanto às indenizações, somente trabalho comunitário, ok? Em valores monetários, só entrando na fila.